sábado, 22 de março de 2014

Resolvi conhecer Aracaju


Eu amo viajar. Alias, detesto tudo que envolva ficar parado demais, logo, viajar me realiza. Nos planos deste ano estava o, até então desconhecido, Nordeste. Aquele que eu só via por fotos, pelos comentários dos amigos e que eu derretia de calor só de olhar. Como sempre, voltei diferente e não poderia deixar de dividir com vocês a minhas percepções a cerca de Aracaju – SE, a cidade que visitei. De todas as viagens que realizei esta foi a que mais quebrei velhos conceitos. Foi um tapa na minha cara. Bem dado.

Véspera de viagem e eu prometi para mim mesma que não criaria expectativas. Estava ansiosa para rever os amigos (aqueles queridos que eu havia conhecido em Buenos Aires, no ano anterior), mas não planejava nada. Optei por deixar a cidade me mostrar o que ela quisesse. Deixaria o povo me conduzir. A cultura daquele local me guiar. Nos meus “pré-conceitos” imaginava uma cidade extremamente quente, na qual eu sofreria todos os dias com o excesso de temperatura (que sempre afeta meu desempenho). As pessoas, provável, que não gostariam de mim, afinal sou metida demais, elétrica demais, agitada demais e na minha concepção eles pensavam tão mal de gaúcho, quanto pensávamos deles (sim, gaúcho tem preconceito com nordestino). Imaginei uma putaria tremenda nas festas (imagens de carnaval e libertinagem passavam na minha mente). E eu teria problemas com a música, já que, mesmo gostando um pouco de tudo, eu sou muito mais do POP e Rock. Ainda, acreditava que as pessoas eram feias.

No avião ficava ensaiando textos, pensando em como me enturmar, de que parte de mim eles iriam gostar (já que eu sou um pouquinho de tudo). Já no voo fiz pelo menos duas amizades – duas senhoras de meia idade, ambas nordestinas – uma de Salvador e outra de Aracaju mesmo. Com medo de me perder pelo “enorme” aeroporto de Aracaju, comentei com a última “tomara que não esqueçam de me buscar”. Para minha surpresa e já simpatia pelo povo daquele local, ela me respondeu “Se preocupe não. Se não vierem pegar você, levo você para minha casa”. Poucos segundos naquela terra e eu já estava encantada por aquele povo acolhedor. (Mas não me esqueceram não ;P)

Primeiro dia e eu já tive três grandes e boas surpresas. A primeira, e não menos importante, suco de Tamarindo existe. Sempre achei que fosse invenção do Chaves...(Sério). Na segunda, uma surpresa e tanto, Jeeesus, como Aracaju tem homens bonitos. Babei. (mulheres também, mas isso eu descobri um pouco depois). E, definitivamente, Nordestino é muito melhor em organizar festas de formatura. Aquela dancinha no palco (na colação) e a estrutura da festa - com tudo personalizado e acolhedor - deixam as festas muito mais interessantes. 

Suco de Tamarindo. Ele existe Oo. E é muito gostoso.
Juntos novamente. Finalmente. Formatura do mais gato ;P

O segundo dia era um sábado e eu dormi ele inteiro porque estava com uma puta ressaca (alguém dúvida que a festa tinha sido boa?). Descobri que o pai de Anny, era tão ou mais falante que eu (adorei isso, adorei ele). Dona Dilma, ficava tonta de tanto que conversávamos. Na noite, o segundo dia de festa. Confesso que essa eu achei um pouco menos bacana. Eram muitas pessoas e eu me senti totalmente perdida (é chato não dar conta de conhecer todo mundo, né?). Nessa eu realmente não gostei da música. Acho que conheci umas três ou quatro. Alias, foi lá que me apresentaram o tal do Lepo Lepo e mais algumas músicas (que não curto) que saiu cantando, sem querer, as vezes. 
Tata, que conheci lá. Diz que é minha fã (é maluca).
As festas de lá são muito mais comportadas que as daqui, não vi pegação nem na metade do que temos aqui. E, mais, surtem gauchada, todo homem lá sabe dançar (e dança). Aliás, TODO MUNDO lá sabe dançar. Eu chegava recusar os pedidos, pois tinha consciência que não dançava nem 30% do que eles dançavam. Apesar dos apesares, a lei de Mosby não foi correta nesta noite e foi depois das 2h da manhã que as coisas melhoraram. Conheci um número razoável de pessoas e todas muito engraçadas e, melhor que isso, para quebrar de vez meus "paradigmas" conheci um menino que conhecia HIMYM e tinha gostos parecidíssimos com os meus. Pronto, nesta altura do campeonato eu já nem queria voltar de Aracaju (sim, no segundo dia). 

Chegamos em casa (leia-se casa da Anny) pela manhã, depois de uma longa conversa com o Taxista. Já era dia (o sol nasce por volta das 5h e se poe por volta das 5 da tarde). Nos dias seguintes eu seguiria a programação para mim feita...Mas essa já é história para outro post. 

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