domingo, 23 de março de 2014

Aracaju. Parte 2


Vista da cidade enquanto eu enfrentava meu medo e paixão pelas alturas. 

...Aí seguiram dias de ressaca e de dormir muito (por mim dormiria menos, mas o pessoal de lá é um pouco mais paradinho que o pessoal daqui e eu me adaptei) e de curtir a noites. Aliás, a temperatura é muito agradável  faz bem menos calor que no Sul e é até fresquinho de noite.  Durante o dia (quando não estava dormindo ou conversando desenfreadamente) eu me maravilhava com aquela comida maravilhosa que agradou em cheio meu paladar - pimenta, frutas agridoces, castanhas, camarão...E, claro, Caranguejo e Acarajé que foram as minhas grandes descobertas. "Aracajé" passou a ocupar o topo da minha lista de comida preferida - ao lado do Churrasco do meu avô, é claro. Aliás, galera de lá "improvisou" churrasco de tudo que era jeito. E o me veredito: O do André estava tão bom quanto o daqui.
(Faltou o Pitú, mas a Elaine prometeu "me apresentar" quando eu voltar)
Galerinha show de bola do churrasco aquele que citei. 
O Victor e a Anny organizaram minha rotina para conhecer um pouquinho de tudo - O Mercado Público, o Teleférico, Praças, Universidade, Croa do Goré, Museu da Gente Sergipana, praias e, até os mercados e o transporte público (esse dois últimos, foram as únicas coisas que detestei - odeio filas e as de lá eram quilométricas e andar de ônibus é um saco). As praias são lindas, a comida é maravilhosa, mas, como toda boa história, o que eu mais gostei foram dos "personagens". Conheci, gente, muita gente, e foram essas pessoas que tornaram a minha viagem tão colorida e engraçada. 

Conheci a Tata que dizia que era minha fã e minha amiga do face e dizia muitas outras coisas...E não parava de falar e falar e falar e falar...A Joyce, a Karen (que ficou me devendo uma festa)... Conheci a família INTEIIIRA do Victor e gostei deles como se fossem da minha. Aliás, Tia Nete me deixava maravilhada com seu talento na cozinha e sua capacidade de fazer sentir bem. Na casa de Anny, parecia que eu já era da casa, (acho que só faltou trocar uma ideia com o carteiro...hahaha). 

Conheci o Leo, mas parecia que já nos conhecíamos a muito tempo... Foram muitas aventuras, Nachos e até boliche, com ele. Dividiu comigo um dia e tanto, me levando na sua amada moto para desbravar outros cantos de Sergipe e me permitindo fotografar todo lugar, as pessoas, as praias - até uns pinguinhos insistentes de chuva. Quando ele vier ao Sul, terei dificuldade em desafiá-lo em programação tão boa quanto.

O Nick, que me mostrou que o inusitado pode vir de onde a gente menos espera e que Sergipe poderia ser mais surpreendente do que eu imaginava. Me apresentou pessoas interessantíssimas e até bancou o louco de me deixar dirigir (na verdade foi espertinho pois foram pouquíssimos metros ¬¬). O banho de piscina no meio da noite e subir a torre, não rolou, mas o playground, o bar, o cachorrinho hiperativo e o improviso para a minha ida até o aeroporto valeram a pena (e me fazem rir - e gargalhar - até agora).

Reencontrei meu trio maravilha de Buenos Ayres - que foi amor no primeiro "Hola, ¿que tal?" - Lally, Anny e Victor e só por eles a viagem já teria válido a pena. Adorei a programação "meus chiquititos", me senti mimada, amada e até fiquei tristinha na volta. A Anny continuava linda e gostosa como me lembrava e o Victor me matando de vergonha (e de rir) com sua sinceridade pior que a minha - deve ser por isso que nos identificamos tanto? A sinceridade, a amizade e o carinho deles são coisas que eu vou levar sempre comigo. E aquela tradicional abraço de despedida (que a dona Lally se excluiu) sempre me deixa com um gostinho de "vamos nos reencontrar por aí".

Além deles, brinquei com um menininho no mercado, tomei um sorvete de mangaba conversando com o sorveteiro, falei de história com a mulher da banca de livros, conheci uma galera muito legal no boliche, nos churrascos, na formatura... Adquiri amigos de todos os jeitos, muitos bem parecidinhos comigo.

No fim das contas, quebrei a cara e foi isso que me fez gostar tanto de lá. Fui surpreendida de todos os cantos. E eu super recomendo uma passadinha por lá, para quem vive com o pé na estrada como eu. Aliás, super recomendo para todo mundo. Eu até moraria por lá (se bem, acho que eu moraria em qualquer lugar do mundo). Sugiro que evitem o transporte público por lá e se é ansioso vá em mercados menores. Que prove o Acarajé, o caranguejo, o drinks no Bar do Tio Maneco, a comida da Tia Nete, as dicas têxtil da Tia Dilma... Converse com todo mundo. Pergunte. Se perca. Prove de tudo um pouco, sem medo de fazer cara feia... Ou de uma possível cara feia. Queime os pés na areia grossa. Tome um banho de mar demorado (aprenda a nadar - de repente - como eu). Se pergunte com cara de curioso "Será que tem tubarão por aqui?" - ah, se pergunte e pergunte e faça tudo que quiser. Que não tenha medo de conhecer o novo e admitir que estava completamente errado sobre um lugar. Mais que isso, abrace o novo como sendo seu. Se permita viver, mesmo que por pouco tempo, em uma realidade diferente da sua. Experimente as possibilidades e, pelo menos uma vez na vida, viva uma paixão de férias.
Vale a pena.

O trio mais temido da cidade ;P. Anny e Victor.


O tipo de aventura que eu amo. Leo querido <3 td="">

Tirando a minha cara de quem não dormia a duas noites, estamos lindos, não é? hahshah. Nicholas.
Olha o Leo de novo, bancando o gordo, comigo.
E pra fechar: Só para provar que voltei bem mais preta que tu, Victor.  ;P

Um Beijo cidade linda.

sábado, 22 de março de 2014

Resolvi conhecer Aracaju


Eu amo viajar. Alias, detesto tudo que envolva ficar parado demais, logo, viajar me realiza. Nos planos deste ano estava o, até então desconhecido, Nordeste. Aquele que eu só via por fotos, pelos comentários dos amigos e que eu derretia de calor só de olhar. Como sempre, voltei diferente e não poderia deixar de dividir com vocês a minhas percepções a cerca de Aracaju – SE, a cidade que visitei. De todas as viagens que realizei esta foi a que mais quebrei velhos conceitos. Foi um tapa na minha cara. Bem dado.

Véspera de viagem e eu prometi para mim mesma que não criaria expectativas. Estava ansiosa para rever os amigos (aqueles queridos que eu havia conhecido em Buenos Aires, no ano anterior), mas não planejava nada. Optei por deixar a cidade me mostrar o que ela quisesse. Deixaria o povo me conduzir. A cultura daquele local me guiar. Nos meus “pré-conceitos” imaginava uma cidade extremamente quente, na qual eu sofreria todos os dias com o excesso de temperatura (que sempre afeta meu desempenho). As pessoas, provável, que não gostariam de mim, afinal sou metida demais, elétrica demais, agitada demais e na minha concepção eles pensavam tão mal de gaúcho, quanto pensávamos deles (sim, gaúcho tem preconceito com nordestino). Imaginei uma putaria tremenda nas festas (imagens de carnaval e libertinagem passavam na minha mente). E eu teria problemas com a música, já que, mesmo gostando um pouco de tudo, eu sou muito mais do POP e Rock. Ainda, acreditava que as pessoas eram feias.

No avião ficava ensaiando textos, pensando em como me enturmar, de que parte de mim eles iriam gostar (já que eu sou um pouquinho de tudo). Já no voo fiz pelo menos duas amizades – duas senhoras de meia idade, ambas nordestinas – uma de Salvador e outra de Aracaju mesmo. Com medo de me perder pelo “enorme” aeroporto de Aracaju, comentei com a última “tomara que não esqueçam de me buscar”. Para minha surpresa e já simpatia pelo povo daquele local, ela me respondeu “Se preocupe não. Se não vierem pegar você, levo você para minha casa”. Poucos segundos naquela terra e eu já estava encantada por aquele povo acolhedor. (Mas não me esqueceram não ;P)

Primeiro dia e eu já tive três grandes e boas surpresas. A primeira, e não menos importante, suco de Tamarindo existe. Sempre achei que fosse invenção do Chaves...(Sério). Na segunda, uma surpresa e tanto, Jeeesus, como Aracaju tem homens bonitos. Babei. (mulheres também, mas isso eu descobri um pouco depois). E, definitivamente, Nordestino é muito melhor em organizar festas de formatura. Aquela dancinha no palco (na colação) e a estrutura da festa - com tudo personalizado e acolhedor - deixam as festas muito mais interessantes. 

Suco de Tamarindo. Ele existe Oo. E é muito gostoso.
Juntos novamente. Finalmente. Formatura do mais gato ;P

O segundo dia era um sábado e eu dormi ele inteiro porque estava com uma puta ressaca (alguém dúvida que a festa tinha sido boa?). Descobri que o pai de Anny, era tão ou mais falante que eu (adorei isso, adorei ele). Dona Dilma, ficava tonta de tanto que conversávamos. Na noite, o segundo dia de festa. Confesso que essa eu achei um pouco menos bacana. Eram muitas pessoas e eu me senti totalmente perdida (é chato não dar conta de conhecer todo mundo, né?). Nessa eu realmente não gostei da música. Acho que conheci umas três ou quatro. Alias, foi lá que me apresentaram o tal do Lepo Lepo e mais algumas músicas (que não curto) que saiu cantando, sem querer, as vezes. 
Tata, que conheci lá. Diz que é minha fã (é maluca).
As festas de lá são muito mais comportadas que as daqui, não vi pegação nem na metade do que temos aqui. E, mais, surtem gauchada, todo homem lá sabe dançar (e dança). Aliás, TODO MUNDO lá sabe dançar. Eu chegava recusar os pedidos, pois tinha consciência que não dançava nem 30% do que eles dançavam. Apesar dos apesares, a lei de Mosby não foi correta nesta noite e foi depois das 2h da manhã que as coisas melhoraram. Conheci um número razoável de pessoas e todas muito engraçadas e, melhor que isso, para quebrar de vez meus "paradigmas" conheci um menino que conhecia HIMYM e tinha gostos parecidíssimos com os meus. Pronto, nesta altura do campeonato eu já nem queria voltar de Aracaju (sim, no segundo dia). 

Chegamos em casa (leia-se casa da Anny) pela manhã, depois de uma longa conversa com o Taxista. Já era dia (o sol nasce por volta das 5h e se poe por volta das 5 da tarde). Nos dias seguintes eu seguiria a programação para mim feita...Mas essa já é história para outro post. 

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