terça-feira, 22 de março de 2011

Quando se fica deprimida...

Imagem: www.sxc.hu
Que mania das pessoas de tentar me entender, de querer saber o que eu tenho e por onde ando. No fundo, eu até gosto desta preocupação, mas não é isso que quero, pelo menos não só o que eu preciso em dias, como o de hoje. Estou irritada, sabe? Triste e deprimida. Sei que isso é estranho em mim. Não costumo andar calada, sem vontades e ideias mirabolantes, mas também sou humana. Tenho esse direito.
Tento problemas como qualquer ser humano e me desafio dia após dia para dar o melhor de mim. Sempre com um sorriso no rosto, sempre julgando fácil o impossível. Esse é meu jeito, mas é humano que eu me sinta debilitada, que eu pare para chorar de vez em quando. Afinal de tantos mil sorrisos, preciso me fortalecer para mantê-los e nem sempre tenho esta força. De vez em quando, preciso renová-la.
Poxa, eu sou uma menina de seus 20 anos e com muitas coisas, querendo me encontrar. Com medos e curiosidades e quando tudo parece acontecer ao mesmo tempo e esse mesmo tempo te pressiona por escolhas, você desaba. Sim, eu também choro, apesar de parecer forte. E fico sem vontade alguma para coisa qualquer. Só quero um quarto escuro, um travesseiro que agüente meu choro e me desligar do mundo.
Você está deprimida. Tudo parece confuso. Tem medo do seu próximo tombo de moto. Não se sente reconhecida e realizada no local de trabalho. Os sintomas que está manifestando indicam uma possível doença e possíveis tratamentos (que possivelmente odiarei). Você se pergunta quem são seus amigos e se aquela pessoa, que você tanto gosta, ainda te faz feliz. Precisa de pautas, muita criatividade e uma dose extra de tempo. Apavorada, controla o desespero e tenta mascará-lo com a calma e a tranquilidade – coisas que aqueles que te conhecem, sabem que é anormal da sua rotina.
Ainda assim as pessoas te fazem perguntas absurdas como “Você está grávida?” coisas que ouve a meses, devido aos sintomas semelhantes – tontura e náuseas. Outros simplesmente te olham com cara de curiosidade, como se tentassem adivinhar o que se passa na minha mente para espalhar o mais novo boato. E ainda assim, não tenho o direito de ficar assim? Irritada, triste, desanimada?
Sei que hoje estou dramática – e, confesso, até eu estranho – e sei também, que no novo dia já estarei no meu normal. Mas das poucas vezes, que me encontro neste estado... Não, eu não preciso de médicos, de pessoas me paparicando e perguntas tolas.  Preciso é apenas um abraço. Daqueles tão fortes e grandes que caibam o mundo. E que nele eu chore e seja reconfortada. O abraço que não ganhei... e, era TUDO que eu precisava.

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