Sabe aquela frase irônica “mas e quem não gosta disto?” já acostumei a ser a única a levantar o braço “eu não gosto”, ou o contrário também – gostar de algo que ninguém gosta e/ou pensou em gostar. Sei que as pessoas têm suas peculiaridades, mas eu quase nunca me encaixo no senso comum.
Na verdade eu sempre descubro que em algo difere a minha opinião e isso não é de hoje. Quando ainda era criança e todas os da minha idade pediam cachorros, gatos, no máximo um hamster, eu queria um pinguim. Sim, isso mesmo. Meu pai teve a mesma reação que você. “Mas filha onde você pretende criar um pinguim? eles vivem num lugar bem frio?” “É só esvaziar o freezer, posso cuidar dele e prometo dar comida direitinho” respondia sorrateiramente. “E como ele chegaria até aqui? ele vai morrer no caminho” insistia meu pai não se dando conta de COM QUEM ele estava discutindo. “Ele pode vir num mini freezer. Encomendamos ele e tu vai buscar. Simples”. Não atendendo ao meu pedido insistente ele mandou-me escolher um cachorrinho. Fiz cara de choro e deixei quieto (mas voltei a insistir tempo depois, sem resultado). Tive vários cachorrinhos, e não que eu não tivesse amado todos eles, mas eu ainda gostaria de ter um pinguim.
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