terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vendaval dentro de mim

Me derruba, me abala, mas me refaço.





















E de repente uma tempestade te atinge e abala tua vida. Tudo que você sentia e tinha fica suspenso no ar. Sabe o que eu queria? Uma casa bem resistente pra me abrigar. Mas o vento a desfez. E Eu? Preciso seguir adiante.
Agora eu vi coisas, que antes eu não enxergava. O vento aterrorizante que me deixou em noite mal dormida, me acordou em pesadelo, trouxe uma depressão em mim, abalou a forte estrutura.
Nos vizinhos, casas destelhadas, estradas interrompidas. Os amigos choram e desabafam em confissões sem fim. Eu mesma, preciso ser ouvida. Este vendaval levou mais que construções, atrapalhou mais que simples trânsito. Modificou minhas vontades, clareou minhas verdades e levou muitos à reflexão.
Poucas vezes falei sobre isso, mas eu vivo uma depressão alternativa, ou um tanto diferente. Ela me atinge de tempo em tempo, em intervalos cada vez maiores (pra minha felicidade). Ela aparece e abala tudo, muda tudo. Uma reflexão, um estado de espírito horrível e agonizante. Um aperto no peito, soluços na boca, peso na alma.
Eu me reviro na cama. Almoço se revira no estômago. Os sentimentos se embaralham e eu amo e odeio ao mesmo tempo. Antigamente, quando vivia esses dias (que não são a TPM) eu me trancava no quarto, socava a parede e chorava sem parar até adormecer e acordar no outro dia melhor. Porém, a dura realidade é não poder fazer isso e ter que encarar tudo e todos como se nada estivesse acontecendo.
Ainda não chorei, não tive tempo. Confesso que remôo lágrimas atrasadas em meus olhos. Pra minha sorte o dia está acabando, o sono chegando e amanhã a tempestade terá passado...

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