Imagem: http://www.imotion.com.br/imagens/
Mesmo me considerando anormal em alguns aspectos, diferente e fiasquenta de carterinha, ainda, sim sou da turma dos mortais racionais. Aliás, todos somos (até que provem o contrário). Eu, pessoa que utiliza do bom senso, controla os impulsos e já sabe prover o fogo sem que seja de raios ou pedras me peguei pensando o que seria da vida social se agíssemos impulsivamente.
E se falasse o que realmente penso? Eu até tento. Odeio meias palavras e indiretas, mas, indiscutivelmente o humano omite. E se saíssemos por ai transado no primeiro impulso sexual? E se não segurássemos a raiva e bater fosse a primeira reação? E tudo reagiria na primeira vontade, no instinto, na gana, na sede, no desejo e no momento. Imaginar cenas típicas disto é primeiramente interessante, depois cômico e, sem sobra de dúvida, torna-se um CAOS.
Segurei o riso quando imaginei a cena no dia de hoje. Evento lotado, pessoas estressadas, entediadas, alguns mal comidos (não negam o mau humor e a cara de insatisfação), outros revoltados, políticos, jovens com os hormônios a flor da pele,... A minha fértil imaginação formou a cena e revi flashes do filme “Perfume” em que todos transam com todos e a rua é palco de uma orgia social. Sem falar nas pessoas respondendo à altura a arrogância dos outros, respeito algum nas filas e “sai da frente” ao invés de “com licença”. Foi hilário e profundamente estranho.
E comigo? Já pensou se eu reagisse aos insultos arrogantes, responde-se os gritos com gritos, topa-se sexo a cada par de pernas masculinas que me propõe. Agarra-se instintivamente os que me encantam, batesse a cada insulto insolente, me despi-se a cada sensação de calor excessivo, devorasse pratos como os devoro com os olhos. Realmente, é muito bom sermos racionais. Bom EU ser racional...