Há algum tempo, aconteceu algo que me deixou intrigada e
relutei em não responder, mas acho que merece uma postagem. Sei que muitas
pessoas já postaram indiretas dedicadas a minha pessoa, acho bacana (sério
mesmo), mas não levo fé em que fala por burburinhos e não fala diretamente para
mim.
(Sim, tem pessoas que postam a indireta, eu pergunto se é
para mim e assumem, outras já me deixam recado “é p/ti”. Acho bacana isso.
Mostra caráter. Foda-se se admira ou critica uma atitude minha. Só acho que se
o assunto sou eu, eu tenho que estar na discussão não é mesmo? :P)
Bom, o caso é que quem me conhece sabe que sou metida para
caralho, absurdamente atrapalhada e as vezes tão convencida de mim que chego
ser insuportavelmente chata. Mas se existe algo que eu nunca fui (e pode me
trazer uma corda se um dia eu for) é antipática. Eu falo pelos cotovelos, puxo
papo com o zelador, com o guardinha, com o colega da classe do lado e até com
aquela senhora que eu nunca vi que estava no meu lado na rodoviária. Eu gosto
de me relacionar, de me comunicar e acima de tudo, de me sentir gentil e
educada.
Pois bem, neste adorável e muito bem escrito texto (sério,
eu até curti e comentei) fui chamada de mal-educada, esnobe, pobre de espirito,
entre outras coisinhas mais que até serviriam para algumas pessoas que conheço,
mas não, era para mim. E tudo por quê? Por que eu não me aproximei para dar um
oi.
Questionei-me o dia inteiro, perguntando se havia a
possibilidade de ter cruzado e não ter visto, ou não ter ouvido e respondido
amavelmente. Devido à admiração que tenho por tal pessoa e minha cara de pau curiosidade fui diretamente a ela perguntar, de duas formas diferentes,
ainda. Para meu total espanto, depois daquele belíssimo texto bem escrito
devido ao meu “Oi” que não foi dado, não obtive resposta. Fui totalmente
ignorada. E nem o Oi que eu havia dado na pergunta, foi respondido.
Não conversa comigo há anos e me julga com uma capa de
superioridade? Claro que se tivesse visto teria puxado proza, contado as
novidades, perguntado da vida. Mas eu não vi. E então eu pergunto, “mas você me
viu, portanto, por que não fez exatamente o que cobrou de mim?”. Estou
aguardando a minha resposta até hoje. Ah, antes que eu esqueça, Oi?
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