terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sobre amizade entre meninos e meninas



Já andei de mãos dadas, dormi na mesma cama. Dividi o banco. O sorvete. A coca-cola.
Sei quem foi a última menina que “pegou”, o último cara que brigou e detalhes de todas as primeiras vezes, segundas, terceiras... Até a última ou as pretensões de “um dia”. Já presumo até, que aquela loira fenomenal que vimos no dia anterior foi escolhida para dedicar “uma” – até duas, na noite anterior.

Não tenho vergonha, nem frescura. Sinto-me um menino por completo (exceto na hora de ir ao banheiro e na hora da paquera – prefiro homens, mesmo).
Essa empatia com o sexo oposto vem desde o melhor amigo de infância – o pai. Ele acobertava minhas furadas, me ensinava sobre a vida, dividia o copo de cerveja e o colchão para madrugar olhando aquele filme de terror/ação. Mais tarde me ajudaria com os meninos. Hoje, além dele, conto com 5 melhores, dos melhores amigos que uma garota poderia ter. E mais uma meia dúzia que sei que posso contar quando precisar.
Eles não ligam para minha celulite e acham desnecessária meia-calça. Entendem tudo de música, carros, jogos. Me ouvem e me mandam calar a boca. Me deixam ser exatamente quem eu sou.

E quando eu vejo falar que não existe amizade entre homem e mulher, eu sinto pena desses pobres de espirito, que nunca vão sentir coisas como:
-Invadir um prédio em construção (lindo e altíssimo) e depois fugir da “polícia”;
-Ser ninja na arte de dormir em local proibido para o sexo oposto;
-Ensinar como se dá uma cantada de verdade (e demonstrá-la, muitas vezes);
-Rir do fora que o outro levou com a cantada furada;
-Zuar a tonguisse do amigo(a);
-Fingir que é namorado(a) só para espantar aquele espantalho bêbado que se encantou em você;
-Ouvir depois de horas de produção “tu ta ridícula (o)”
-Ou naquele momento de tédio total, receber sms do tipo “Hoje é dia do sexo, você já tocou uma hoje para comemorar?”

Não tem preço.

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